O empresário Antônio Thamer Butros,
72, passa ao menos 30 horas por semana em um dos restaurantes mais caros de São
Paulo. Um dos
clientes mais antigos do A Figueira Rubaiyat, ele tem seu nome gravado em
taças, baldes de gelo e facas de carne usadas durante as refeições. Um mimo
oferecido apenas aos "habitués" da casa.
Inaugurado em maio na zona oeste, o
Eataly atrai 3.500 pessoas diariamente, número que chega a dobrar nos fins de
semana e segue crescendo. "O fator novidade ajuda, mas não é determinante.
Acreditamos que não existe crise para qualidade", diz Luigi Testa, um dos
gerentes gerais.
"Não há
crise nesse mercado. Esse vocabulário não existe no Rodeio. Aqui é o lugar do
'sim'", diz Francisco Chagas, 58, gerente de operação da churrascaria
Rodeio. No restaurante, cujo gasto médio dos clientes é de R$ 162, o prato mais
pedido é a picanha fatiada: R$ 228 para duas pessoas.
Isso se aplica também aos imóveis, em algumas regiões do país, muitas construtoras estão deixando de lado o popular depois da derrocada do "minha casa, minha vida", e voltando a apostar nos muito ricos nacionais.
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