Não muito longe da costa oeste da Flórida, fica a ensolarada
ilha de Little Bokeelia, com cachoeiras murmurantes, quadras de tênis, piscinas
e uma mansão em estilo espanhol. Apesar de tantos atrativos, a ilha levou três
anos para ser vendida. E o negócio, fechado em julho, saiu por meros US$ 14,5
milhões - metade do preço original.
Como Little Bokeelia há muitas
outras ilhas "encalhadas" no mercado. Nas Bahamas, cujos preços por
hectare estão entre os mais altos do mundo, há centenas de atóis à venda. O
preço das ilhas sem benfeitorias, que são 80% das disponíveis no mercado, caiu
mais ou menos pela metade desde a crise financeira de 2007, diz Farhad Vladi,
corretor de imóveis especializado em ilhas particulares.
No início deste século, as ilhas
eram o xodó dos milionários. Mas a demanda encolheu bastante com a recessão. O
custo de construção numa ilha é muito mais elevado do que no continente, e os
contratempos não costumam ser poucos. É coisa para quem não se importa de sair
um pouco chamuscado, diz Edward Childs, da imobiliária Smiths Gore, com sede
nas Ilhas Virgens Britânicas. Os megaiates e os jatinhos particulares são
vistos como investimentos bem mais previsíveis. O resultado é que os preços das
ilhas particulares estão surpreendentemente baixos.
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