Corriam os anos 60 e Belém tentava acompanhar a evolução de outras metrópoles nacionais que apostavam nos centros de consumo, importados da cultura americana. O Shopping Center prometia comodidade, diversidade, e muito glamour. Sinal de progresso e de evolução urbana.
Foi neste cenário que surgiu o projeto do Shopping Santa Maria de Belém. U m conjunto de edificações e lojas que se estendiam da Gentil Bitencourt até a Conselheiro Furtado e com uma perna para a Travessa 14 de março.
Projeto de Camilo Porto de Oliveira e tinha tudo para colocar a capital paraense no eixo desse varejo emergente. Se não fosse por um detalhe. Um Shopping no bairro de Nazaré alteraria o eixo comercial, centralizado na João Alfredo e na Santo Antônio, além de suas transversais, nos bairros da Campina e da Cidade Velha.
Contam que foi a resistência, ou seria mesmo o lobby dos empresários estabelecidos nesse centro comercial mais antigo, que impediu que a capital ganhasse uma dos primeiros shoppings do país.
O Santa Maria, acabou como um residencial de classe média, de então, com pequenos apartamentos e um certo clima de melancolia, pelo que poderia ter sido. Registro para a memória da cidade.
O resgate dessa preciosidade é da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPa.
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