
Na ponta do lápis, os pobres e os caloteiros têm razão. Suas casas estão “submersas”, é a expressão para imóveis que valem menos do que 75% da dívida. Milhões destes americanos têm dinheiro para pagar a prestação, mas é prejuízo certo. A saída é o "calote estratégico".
Nestas proporções, isto nunca aconteceu na história do país. Até 2006, quando o mercado começou a pipocar, compradores que podiam pagar não devolviam seus imóveis. Era humilhante.
Embora a opção seja legal, as consequências são dolorosas, entre elas a destruição do crédito, que pode afetar a possibilidade de um novo emprego, além da infernal mudança. Mas o calote voluntário deixou de ser um estigma social.
Quando todo mundo dá o cano, qual é a vergonha?
Leia o artigo intergral de Lucas Mendes no site da BBC