Nova York começou há
algumas semanas a trocar seus antigos orelhões por quiosques de internet de
alta velocidade, oferecida sem cobrança por um consórcio de empresas.
O contrato com a
prefeitura, com vigência de 12 anos, prevê arrecadação de US$ 500 milhões em
receita para a cidade na instalação de ao menos 7.500 quiosques, batizados de
LinkNYC.
O consórcio, chamado
CityBridge, não revela a própria remuneração, mas diz que investirá US$ 200
milhões em cabos de fibra ótica. A conta fecha com anúncios veiculados em telas
de alta definição.
Ainda que negue
vender informações dos usuários, o consórcio (que inclui o Google) procura
captar o anunciante certo para cada localização, tentando associar o conteúdo
da propaganda ao perfil do público local.
Para o pesquisador
Benjamin Dean, da Universidade Columbia, especialista em segurança cibernética,
o contrato é obscuro. "A política de privacidade coloca de forma vaga que
'pode usar sua informação, inclusive de identificação pessoal' para prover
informação sobre bens e serviços de interesse", afirmou, em artigo no site
"The Conversation".
Fonte: Folha de SP