Você
demorou mas chegou lá. Enfim decidiu pelo compra da casa própria e envolveu
toda a família neste sonho. Enfim poderia descansar? Não. Seu desafio ainda não
está completo. É preciso estar atento ao financiamento bancário. Seja no imóvel
novo, vendido pela construtora ou o imóvel pronto, é preciso estar atento para
algumas dicas, antes de assinar qualquer coisa. Elas podem ajudar você a não
entrar em uma fria.
Primeira Dica. Descubra se o seu financiamento será realmente aprovado pelo
Banco, antes de dar qualquer sinal. Sim. O sinal que você dá não é garantia de
que você vai conseguir pagar o resto com o financiamento. Para que ele passe, é
preciso que vendedores e compradores estejam limpos nos cadastros e nas
certidões de dívidas e o imóvel esteja legalmente documentado para que possa
ser hipotecado. Isto é importante, porque se algo não der certo, você vai pagar
uma multa porque deveria financiar, mas em razão da negativa do banco, não vai
poder levar o negócio adiante.
Segunda
Dica. O seu sinal é pequeno e está no limite daquela parte em dinheiro exigida
pelo banco? Faça antes a avaliação do imóvel que você esta comprando. Isto
porque o Banco só empresta até o limite autorizado do valor avaliado. Explico.
Se o imóvel custa R$ 100 mil, você deu R$ 20 mil em dinheiro e espera que o
banco de R$ 80 mil no financiamento, mas a avaliação do imóvel ficou em R$ 80
mil. Neste caso, o banco só vai dar 80% do valor ( R$ 64 mil ) e você vai ter
de completar os R$ 16 mil que ficaram abaixo da avaliação de outra forma. se
não tiver o dinheiro, vai acabar desistindo do negócio e pagando multa por
isso.
Terceira
Dica. Esqueça o banco do coração, ou aquele gerente da conta que você tem há 30
anos. O mercado é ativo e muito concorrente. Antes de entrar em conversa de vendedor,
faça uma simulação nos principais bancos, e use as taxas mais baixas
conseguidas para conseguir que o novo gerente cubra a oferta. Assim funciona a
economia de mercado.
Quarta Dica. Você é do tipo que não gosta de matemática e fica com a cabeça toda embaralhada quando começa a tentar entender juros e porcentagens? Então peça ajuda. É fundamental saber quanto estão lhe cobrando. Isso porque para vender o serviço, é comum, quem vende, falar apenas nos juros básicos, sem informar adequadamente sobre o juros total do negócio. Isso, além dos custos com seguro, taxas, contratos e importante, a variação da inflação. Sim, em dias de inflação em alta, não se iluda sobre o seu parcelamento decrescente. Não existe parcela que baixe com a inflação em alta e todos os contratos, consideram essa variação na economia.
Quarta Dica. Você é do tipo que não gosta de matemática e fica com a cabeça toda embaralhada quando começa a tentar entender juros e porcentagens? Então peça ajuda. É fundamental saber quanto estão lhe cobrando. Isso porque para vender o serviço, é comum, quem vende, falar apenas nos juros básicos, sem informar adequadamente sobre o juros total do negócio. Isso, além dos custos com seguro, taxas, contratos e importante, a variação da inflação. Sim, em dias de inflação em alta, não se iluda sobre o seu parcelamento decrescente. Não existe parcela que baixe com a inflação em alta e todos os contratos, consideram essa variação na economia.
Quinta
Dica. Você é do tipo intelectual que olha para o contrato com aquela pose de
que domina o assunto, mas na verdade, não consegue nem entender direito as
letrinhas. Chame um corretor , ou seu advogado. Apesar de seu um contrato de
adesão, onde você não pode mudar a essência do que está escrito, não assine se
algo lhe parecer demasiadamente desvantajoso. O que parece uma oportunidade em
um primeiro momento pode gerar uma baita dor de cabeça se mal avaliado.
Sexta
Dica. Assinado o contrato, não esqueça que você precisa de dinheiro para fazer
valer o financiamento. Isto porque com o contrato em mãos, você vai reconhecer
as assinaturas, pagar o ITBI, que em Belém chega a 2%, e registrar no Cartório
de Registro de Imóveis. É comum, o comprador ficar muito no limite e não ter
dinheiro para concluir o negócio com esta legalização. É quase como morrer na
praia.
Sétima Dica
. Olho nas suas despesas pessoais. Os bancos indicam que o valor da parcela não
pode ser maior que 30% da renda bruta da família. Isto é relativo. Tem gente
que anda tão endividado ou tem tão comprometida a renda, que terá dificuldades
para separar 30% para pagar a prestação. A partir de 3 meses de atraso, o
banco, pode, depois de regularmente notificar o cliente, levar seu imóvel a
leilão. Vai dar trabalho e dinheiro consertar os efeitos dessa
inadimplência.
Salomão
Mendes é especialista do Mercado Imobiliário, colunista do ORMNews, Ceo da
Unimovel.
salomao@unimovel.net
salomao@unimovel.net