A bolha imobiliária espanhola guarda semelhanças com a americana, mas suas consequências vêm se arrastando por mais tempo. As caixas de poupança regionais são as maiores detentoras dos créditos ruins e resistem em reconhecer rapidamente as perdas de valor dos imóveis, como ocorreu nos Estados Unidos.
Daniel Sibina, corretor imobiliário no bairro de Pobleneu, em Barcelona, é um homem de sorte. Escapou da estatística de 20% de desemprego que aflige a população espanhola e se mantém no setor mais atingido pela crise.
Sibina vende lofts no projeto Pasatge Del Sucre, que subdividiu as instalações de uma antiga fábrica em 28 unidades residenciais. Desde que a construtora terminou a obra, em maio do ano passado, só vendeu dez dos 28 apartamentos, depois de reduzir o preço original de e 600 mil para e 450 mil.
A renda do corretor de 31 anos caiu. “Quando eu trabalhava numa imobiliária, antes da crise, vendia dois ou três apartamentos por mês. Hoje fico feliz se vender um”, afirma Sibina.
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