Um apartamento virado para o nascente pega o sol da manhã que é mais fraco. Já o virado para o poente, não só pega o sol da tarde mais forte como sofre com o efeito térmico da transferência de calor. Ou seja, durante a tarde, o sol aquece a parede do seu imóvel e transfere essa temperatura para a parte interna durante a noite. O desconforto difícil até de calcular.Pra compensar essa má avaliação inicial de não escolher o imóvel considerando o sol, você vai pagar mais para viver lá dentro. E esse número vai aparecer na sua conta e energia. Em situações mais leves, com o ventilador, se ele não funcionar prepare-se para a conta do ar condicionado.
Mas Salomão, nem todos os imóveis disponíveis são nascente. Fazer o que? Minha resposta. Vale o nascente ou virado para a baia, de onde sopra o vento. Segundo, em edifícios com dois apartamentos por andar, obrigatoriamente um lado é virado para o nascente e o outro para o poente. Faça a opção pelos que tem os quartos no nascente. Você até encara uma sala quente, mas a noite onde você vai passar pelo menos 10 horas do seu dia, a temperatura precisa ser mais amena.
Outra dica. Você só sabe a ventilação se abrir as janelas. O vento para entrar precisa sair.
Agora além desses cuidados da parte do consumidor, é preciso que as construtoras comecem a rever alguns conceitos. Pé direito mais alto e janelões como os portugueses já faziam a 3 século, quando não havia ar condicionado, ou telhado de barro são detalhes que ajudam nesse clima mais confortável.
Esse é um detalhe que ganha uma força ímpar depois que o instituto inglês que estuda o clima apontar que em 50 anos, a temperatura na Amazônia deve ficar 10 gráus mais alta. Segundo o site da BBC, isso deve acontecer 40 anos do que a previsão anterior e nesse cenário, vamos ter materializado o quadro que costumamos ver nos filmes catástrofes de exercício da futurologia.
Ou seja. Se não se começar a repensar os imóveis dando mais atenção ao conforto térmico, do que a área condominial que a gente acaba sub-utilizando, se não se começar a pensar as cidades mais arborizadas, equilibrando construções e áreas verdes, evitando bolhas de calor formadas pelo acumulo de concreto e asfalto fazendo o planejamento o planejamento urbano de madeira adequada, corremos o risco de não conseguir viver por aqui em pouco tempo.
Leia mais sobre o clima na Amazônia no site da BBC