Eleições em Belém : Candidatos esquecem, de novo, o planejamento urbano.

A primeira pesquisa do Ibope publicada hoje no Jornal O Liberal revela o que o mercado já comentava. Edmilson Rodrigues com 42% era previsível, mas os números foram além do que muitos esperavam. Por fora o PMDB, o PSDB. Em todos um ponto em comum. A Falta de um projeto concreto de Planejamento Urbano para pensar a capital nos próximos 20 anos. Sim porque, não se pode pensar o espaço comum para apenas 4 anos de mandato.

Historicamente, o tema vem sendo tratado com um certo desleixo pelos administradores. A estratégia de primeiro ocupar para depois definir as regras vem tornando o trânsito caótico, a violência incontrolável e os problemas como saúde, educação lazer, uma encruzilhada ´cada vez mais difícil de se resolver.

Por exemplo, a empresa que fez a mega reforma de recuperação do bairro da Luz em São Paulo, andou prospectando Belém para fazer esse melhor aproveitamento de áreas centrais, que já padeceram dessa mazela da falta da política pública, mas que ainda podem ter uma chance. Foco em bairros centrais como Cremação, Condor, Guamá, Terra Firme, que estão tão perto e ao mesmo tanto tão longe dos benefícios que viver em uma metrópole " deveriam" proporcionar. Será que nenhum dos candidatos teve interesse por saber o que é isso e quem sabe se comprometer com essa Belém Urbana?

Planejamento segue sendo asfalto em ano de eleição e iniciativas tímidas que acalmam, mas são incapazes de promover uma explosão coletiva da auto-estima. Como viveram os belemenses de 120 anos atrás, com Antonio Lemos. Tudo bem que o dinheiro era farto, mas hoje ele também existe. Poderia ser melhor usado neste tema.

Por incrível que pareça, o único que tem algo no setor, apesar da rejeição dos formadores de opinião é o atual prefeito. Na sua anunciada Ponte de Mosqueiro poderia dar nova vida para a cidade feita de uma península espremida e muitas ilhas. Dizem que a ponte tem investidores de uma parceria público privada para sair do papel e ai sim, provocar uma revolução no planejamento. Isso é claro se houver a sensibilidade de planejar e estabelecer limites antes de sair do papel.

O problema é que o candidato governista, teve uma participação tímida neste primeiro levantamento do Ibope. E cultuamos aquela história de não se dar sequência, a iniciativas de que não foram " auto-paridas". Chega o momento de se cobrar que o bem público, a gestão democrática precisa ser maior que partidos ou candidatos. Precisa-se entender que a falta do planejamento urbano está na origem de tantos problemas que "deslegitimam" o voto, dado em função de benefícios prometidos, mas não dados.

Deve ser porque planejar custa menos do que remediar. Um cultura que atropela a sociedade nacional e deixa cada vez mais longe nosso sonho de desenvolvimento.

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